terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tubo

Aquele tubo verde água continha mais do que um líquido tranparente,

guardava a chama do que um dia lhe foi dado

Não se desfizera dele pois ainda havia dúvida,

havia dúvida sobre o que acontecera.

Aquela chama que saltava em diferentes proporções,

a faísca que ainda brilhava como estrelas em um céu alaranjado, não dizia nada.

Eram como gritos mudos cercados de lembranças que de mais nada valiam

Perdeu o medo de toca-lo,

mas a voz que vinha do fundo do tubo chegava à superfície,

não mais acalorada, mas fria e inesperada como nas últimas noites...

Pior do que não mais existir,

é a chama se encontrar ali; embaixo dos seus olhos,

mas sem o Oxigênio que gerava combustão a cada momento vivido.

-O importante é saber que no tubo interior de cada um

a cor e o volume do líquido é somente "sua" responsabilidade.




"Obg por não me fazer sentir mais nada, somente a chama por entre os meus dedos"

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

“Não era mais como uma princesa,
Deixara de acreditar em contos de fadas
Havia passado por cima de tanto, que passou até por cima de si mesma
E ainda assim o fardo pesava mais do que nunca
A nova fase chegara, a nova hora chegara
Aquela de tempos atrás, em que não sabia mais...
Incerteza sempre há,
principalmente quando não se tem com quem contar.
Olhar ao lado e ouvir o eco da própria voz,
é a certeza de que está ”a sós”...
Ideologias baratas a sustentavam
faziam sentido de alguma maneira louca
Enquanto estava em busca da paz, da sua paz...
O fato de saber que o céu está em cada um,
Não mudava a dor diária até que os dias passassem.”


“Obrigada por essa dor que faz escrever essas palavras”

terça-feira, 31 de maio de 2011

- Humana -



-É como se o que ELA sentisse fosse pura Anestesia.
Nada era como antes, Ela olhava mas não via.
No meio de um hospital e a única coisa que ouvia,
era o som do vento que ecoava do lado de fora.
Faltava um pedaço e involuntáriamente era um pedaço muito grande dELA
Nem a época do frio ou as lembranças do passado doíam tanto quanto aquilo.
Será que Ele achava que Ela estava "bromeando"? Que seria apenas um teste?
Esperava que não...Pois fazia tempo que não levava nada tão a sério quanto aquilo.
Aquela separação, aquela dor,
aquelas palavras pensadas demais para serem impotentes...
Fazia algum tempo que jurara a si mesma que não aconteceria novamente,
que a história não se repetiria.


-Mas simplesmente "Ela é humana era essa era a sua graça salvadora"
e quer uma novidade?
Seres humanos nunca sabem quando irão sofrer novamente.



Obg por me ajudar a cansar de pedir forças :)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lembranças

-Tento fechar os olhos e reviver cada segundo que passou,
mas as buzinas e os outros sons da cidade insistem em me impedir.
Tento esvaziar minha mente e lembrar dos beijos embaixo dos temporais,
mas a unica coisa que vejo è a responsabilidade de "amanhã"
A brisa chuvosa que antes era tao leve,
hoje nem sequer existe mais.
Gotas finas e continuas caem enquanto passaros voam baixo sobre as imensas casas.
O escoar da agua dos rios no mar, é como o encontro dos nossos olhos.
Dele, surge uma nova cor, uma nova razão.
Como pode pensar que iria acabar?
Como pode por um momento pensar que iria acabar?
Não é que eu pense que não vai...
Simplesmente prefiro não pensar em nada.
-Porque mesmo sem a brisa, sem os rios, sem cada som familiar daqueles dias...
A cada encontro, a cada olhar, é uma nova sensação,
uma nova canção "muda", um desejo inteiramente novo e incontrolavel.
-E se por um instante pensamos
que ja existira um outro alguém,
nos enganamos.

*Obg pelos seus olhos vermelhos na minha partida.

domingo, 9 de janeiro de 2011

"Infinitos momentos"

-Sentirei falta de molhar meu cabelo todos os dias
Dos seus olhos cor de mel em cima dos meus,
como se esperasse uma palavra em meio ao meu sono.
Sentirei falta do relevo das pedras furta-cor sob os nossos pés,
do ruído da chuva noturna que nos tirava a paz
e ao mesmo tempo nos dava segurança.
Sentirei falta do aroma da comida local e de apreciá-la sobre as pedras
Das pessoas estranhas... Estranhas e boas
que já nos tratavam como nativos da montanha.
Sentirei falta dos fogos brilhando no céu
e da explosão de uma champagne
De saltar numa cachoeira em meio a meigas borboletas
De viver "Primeiros momentos" da forma mais plena e pura possível.
Sentirei falta do verde e das milhares de fotografias que fizemos juntos
Daquela pedra em que podíamos voar na altura dos pássaros
Aquela em que ele me pediu.
E como poderia dizer não? Se ele é o único que me acalma.

-Mas sentirei falta de tal forma que o meu medo de voltar,
tomará o tom da sua voz sussurrando em meu ouvido:
Calma meu amor, tudo ficará bem. Agora eu sei. É você.

Obg por achar que me encontrou.